A situação com a contaminação descartável do produto agravou-se no meio da pandemia de coronavírus, alerta a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
“A pandemia levou a uma maior contaminação por produtos descartáveis, como máscaras de plástico e garrafas de desinfetantes de mãos”, refere o comunicado.
De acordo com a diretora de Comércio Internacional da UNCTAD, Pamela Coke-Hamilton, o uso diário crescente de produtos que ajudam as pessoas a protegerem-se do vírus agrava ainda mais a situação com a poluição por plásticos que “foi uma das maiores ameaças ao nosso planeta antes do coronavírus”.
A agência informou que o afastamento social está também a “gerar uma avalanche de produtos” enviados diariamente para as casas, resultando em enormes resíduos de plástico.
“Os dados históricos dizem-nos que cerca de 75% do plástico gerado pela pandemia é suscetível de se tornar resíduo que irá encher os nossos aterros e mares”, alerta a nota.
Neste contexto, a UNCTAD insta os governos e as empresas a regularem a produção e consumo de plástico, bem como a identificarem substitutos plásticos que não são feitos a partir de combustíveis fósseis.
“Como muitos materiais que podem substituir o plástico requerem mão de obra significativa, mudanças nos padrões de produção e consumo podem criar novos empregos”, acrescentou Coke-Hamilton no comunicado.